31 agosto, 2012

Risonha, tristonha





 A menina risonha, outrora tão tristonha, aprendeu com a vida a não leva-la tão a sério. Aprendeu a brincar mais e percebeu que as decepções machucam, mas nos trazem grandes aprendizados, entendeu que de nada adianta persistir em algo que não tem futuro, compreendeu que crescer faz parte e que por mais medo que sinta, por mais moleca que seja, isso acontece naturalmente.
 Moçoila focada, antes tão perdida, encontrou seu caminho e fez dele um conto... De fadas? Não, nunca acreditou nestes, sempre preferiu ficções, literatura, e foi assim que se descobriu.
 Garota apaixonada, pela vida, amigos, família, alguém mais? talvez, mas nunca foi relevante. Dispersa, lunática, atenta, porém só ao que lhe interessa. Imersa em um mundo onde nada afeta o equilíbrio natural das coisas,onde  há maldade sim, sofrimento, solidão,só não se deixa abalar por isso. Prefere ser embalada, enlaçada, levada pelas coisas boas. 
 Guria determinada que se um dia por medo deixou de lado algum sonho ou desejo, hoje encara-os de frente e se esforça para alcança-los. Deixou no passado a insegurança, as incertezas e o fracasso, criou novas formas de ver e ser vista, decidiu não mais se fechar para tudo e o mais importante, reaprendeu a perdoar, a apagar aquilo que lhe faz mau, a recomeçar... reaprendeu a sorrir, a menina risonha outrora tão tristonha e hoje feliz!