19 setembro, 2016

Sempre a você



Lembranças suas me invadem esporadicamente, de forma que não consigo conter ou compreender. Você sempre fará parte de mim, de quem eu sou, como uma cicatriz que nunca fecha, não tem cura, mas que já não dói mais.
Por vezes é como se em uma brisa leve, o vento me trouxesse você, seu perfume, sua risada e a forma sutil que tinha de se prender a mim, me dominando e inebriando os sentidos ao me arrematar em seus abraços fortes e cheios de sentimentos, todos tão indecifráveis. Você foi sempre uma incógnita pra mim, alguém que eu tentava com afinco decifrar, aprender, compreender. Talvez tenha sido esse o segredo do meu querer!
E falando em querer,  quisera eu um dia relembrar as memórias de todas as minhas paixões, e você seguiria sendo a mais forte entre todas elas, aquela que jamais hei de esquecer.
Ainda me recordo com amor de cada beijo, cada texto e da forma inusitada que encontramos de nos doar um ao outro. Doar sim, pois não há nada que descreva melhor a troca mútua de palavras,  sentimentos e silêncios que um dia compartilhamos. 
Não cabe a mim falar de pele, de desejo. Estes certamente estiveram envolvidos em nossa trama, mas nunca em papel principal. Fui muito além do eros por ti: imaginei futuros, planejei vidas, devaneei amores, reinventei meu ser.