06 maio, 2013

Ágape



 Outro dia escutei que o amor deve ser dado sem esperar nada em troca, que aquilo que fazemos em busca de reconhecimento, de atenção, afeto, carinho, ou simplesmente para que sejamos notados não é nem nunca será algum tipo de amor. Disseram que o amor verdadeiro é aquele cultivado a partir do nada, somente por bem querer, não importam as tribulações ou adversidades as quais tenhamos que enfrentar. Ele estará lá, vivo, sendo recíproco ou não e independe dos conceitos sociais criados por uma sociedade. É algo que vai além do amor Eros, baseado no desejo entre homem e mulher, vai além além da amizade e fraternidade sentidos no amor Philos e do mais bondoso sentimento, sentido no Storgé. Este tipo de amor é a junção de todos, tornando-os mais puros, mais intensos, o Ágape.
 Essa mesma pessoa me disse - e falo "Me" porque senti que naquele dia ela estava falando diretamente pra mim-que este amor não prende, não sufoca, não cobra. Ele deixa que as coisas aconteçam, que a pessoa se vá se é esse o desejo dela e que nós realmente a deixemos ir.
Como dito na Primeira Epístola aos Coríntios - Capítulo 13: " Amor é paciente, é benigno, o amor não é invejoso, não trata com levianidade, não se porta com indecência, não busca os seus interesses, não se irrita, não suspeita mal, não folga com a injustiça, mas folga com a verdade." Não quero catequizar ninguém ou impor qualquer religião, só o que quero dizer é que ouvi essas palavras e compreendi o seu real sentido e desejei compartilha-las aqui.
 Aprendi que o verdadeiro amor não julga, não aponta, não machuca. O Ágape é divino, sublime, algo que está além do nosso entendimento, da nossa compreensão. Não o escolhemos, somos por ele escolhidos, sentidos, vividos.


Nenhum comentário: